Há décadas o Integralismo vem sendo retratado como um movimento inspirado no Fascismo italiano ou até mesmo como uma cópia do mesmo. Entretanto, essas calúnias infundadas, que já foram respondidas pelo próprio fundador e Chefe do Integralismo, Plínio Salgado, não tem sua origem somente na ignorância de nossos adversários, mas também numa tática comunista aplicada amplamente até hoje.
Para conhecermos a origem dessa calúnia tão difundida, temos que voltar ao ano de 1935, quando houve a tentativa de golpe comunista conhecida hoje como Intentona Comunista. Tal maquinação não foi possível no Brasil pela ferrenha vigilância dos camisas-verdes.
Após subestimar a influência integralista no Brasil, as lideranças comunistas começaram a tramar táticas para diminuí-la, como relata Plínio Salgado:
“Em 1936, num Manifesto ao seu partido, o chefe comunista Luís Carlos Prestes declara não haver sido previsto esse fator na vida brasileira. No ano seguinte, Dimitrov apontava o remédio, em documento que foi apreendido e publicado. O Comintern determinava que o integralismo fosse acusado de fascista e nazista, afim de ficar desmoralizado perante a opinião pública”.[1]
Como bom lacaio do soviete russo, Luís Carlos Prestes seguiu essa ordem até os últimos anos de sua vida acusando o regime militar com a mesma finalidade com que acusava o Integralismo.
Sim, esse vocábulo deixou de ser utilizado somente contra movimentos nacionalistas e passou a ser empregado extensivamente contra tudo e todos que sejam opostos a eles, estendendo-se até mesmo aos liberais, como frequentemente acontece com o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.
Em 1976, Horia Sima, ex-líder da Guarda de Ferro, já chamava a atenção para esse fenômeno:
“Eles [os comunistas] inserem na categoria de fascismo todo grupo político, todo regime, todo setor da opinião pública, toda personalidade, toda revista, qualquer gazeta que se oponha a sua ditadura sangrenta e denuncie o perigo”.[2]
O termo “fascismo” torna-se uma espécie de esponja quando vindo da boca de comunistas, porque não tendo um conceito definido, é capaz de incorporar qualquer conotação que lhes seja conveniente.
“Na batalha da terminologia se impôs o ‘fascismo’, convertendo-se na denominação capital de acusação empregada pelos comunistas contra seus adversários, sem distinção alguma de origem ou de conceito”.[3]
Apropriando-se desse “fascismo” amorfo, os “antifascistas” conseguem carta branca para caluniar e perseguir simplesmente atribuindo essa expressão a qualquer um que se oponha à sua ideologia nefasta. Tal como ocorreu recentemente com um grupo de alunos cristãos do curso de Filosofia da UECE, que ao denunciar a perseguição sofrida da parte dos ditos “antifascistas”, teve seu papel de perseguido invertido pela mídia progressista, tornando-se, deste modo, o próprio perseguidor.
“A este tipo de fascismo, dilatado e genérico, sem nenhuma motivação objetiva, eles, os puros, os imaculados, ‘os verdadeiros defensores do povo’, opõem com seu ‘antifascismo’.”[4]
O diálogo com essa corja é praticamente impossível, visto que boa parte deles estão convictos em sua futilidade, apelando para agressões verbais e físicas quando contrariados. Algo que exemplifica o caráter bárbaro desse grupo é a frase “lugar de fascista é na ponta do fuzil”, frequentemente utilizada para intimidar seus desafetos. “Para esses, tudo o que é ordem, respeito, hierarquia, autoridade, responsabilidade, não passa de fascismo”.[5]
Em 1935, esse comportamento que nossos adversários apresentam quando confrontados com ideias contrárias às suas já havia sido descrito por Plínio Salgado em sua obra A Doutrina do Sigma:
“Os nossos adversários, porém, não podem discutir ideias por serem ignorantes e odiarem toda sorte de discussão superior em que se sentem asfixiados. Nestas condições, o que fazem? Remexem-se no lodo. Mentem. Caluniam. Injuriam. Deturpam. É o seu único processo”.[6]
E mais tarde, em 1947, reafirma: “A violência é uma confissão de inexistência de argumentos lógicos, da ausência de uma mística mais forte”.[7]
Como podemos ver, as ocorrências de calúnia contra nós, integralistas, datam dos anos iniciais do movimento. Todavia, as hostilidades não apagam a esperança de, diante do Criador, dizer que cumprimos nosso dever para com a Pátria que nos foi dada;
“as injustiças de muitíssimos ainda, revestindo-se da forma de calúnias, das injúrias, dos sofismas de uma crítica malévola e pérfida, são recebidas pelos batalhadores com a corajosa tranquilidade dos que marcham por aquela selva escura de que fala Dante, na qual se encontram espinhos, precipícios e feras, que é forçoso superar”.[8]
O que mudou nos dias atuais foi a extensão desse ostracismo a pessoas e grupos que, apesar de não serem nacionalistas, ainda são encarados como uma ameaça pelos comunistas. A pergunta que fica é: quem será o próximo “fascista”?
Autor: Urcesino.
Notas:
[1] SALGADO, Plínio. Doutrina e Tática Comunistas (Noções Elementares), pg. 40.
[2] SIMA, Horia. O que é o Nacionalismo, pg. 17.
[3] Ibid., pg. 25.
[4] Ibid., pg. 17.
[5] SALGADO, Plínio. Mensagem às Pedras do Deserto, pg. 360, v. XV das Obras Completas, Editora das Américas.
[6] SALGADO, Plínio. A Doutrina do Sigma, pg. 164.
[7] SALGADO, Plínio. Mensagem às Pedras do Deserto, pg. 372, v. XV das Obras Completas, Editora das Américas.